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DEMANDA POR TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS NO BRASIL SUPERA NÍVEIS DE MARÇO
A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil superou na última semana os níveis verificados no começo da pandemia

A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil superou na última semana os níveis verificados no início de março, quando os impactos mais fortes da pandemia de coronavírus começaram a ser sentidos no país, indicou pesquisa divulgada na última terça-feira pela NTC&Logística.

O levantamento da associação de empresas do setor apontou que a demanda terminou a semana com variação negativa de 24,83% em relação aos níveis pré-pandemia, melhorando 2,4 pontos percentuais na comparação semanal e superando a marca da semana de 16 a 23 de março, quando havia uma queda de 26,1%.

Esse é o melhor resultado desde o início das sondagens, justamente em meados de março, além de quarta semana consecutiva de avanço no índice — que, durante as medidas de isolamento para contenção da Covid-19, chegou a apurar recuo de 45,2% em meados de abril.

Segundo o técnico responsável pela pesquisa, Lauro Valdivia, a recuperação foi puxada pelas cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, impulsionadas pela flexibilização das medidas de isolamento social e reabertura comercial.

“Para as grandes empresas, inclusive, o mês de junho e o começo de julho já estão bem parecidos com os do ano passado. Quem puxou os números para baixo foram as pequenas e médias empresas”, disse Valdivia.

A demanda por cargas fracionadas terminou a última semana com variação negativa de 17,28% em relação aos níveis pré-pandemia, avanço de 4,5 pontos percentuais na semana.

Por outro lado, as cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e costumam ser usadas nas áreas industriais e agrícolas, têm apresentado retomada mais discreta —o índice indicava queda de 29,16% ao fim da última semana.

Apesar da significativa recuperação recente, Valdivia acredita que o avanço pode ser limitado a partir de agora, estimando um período mais longo para que uma retomada total possa ser verificada.

“Pela última semana, talvez a gente ainda tenha um espaço para recuperação… Mas acho que essa recuperação, desses últimos 10 ou 15 pontos, talvez demore seis meses, ou um ano… É uma questão mais estrutural, teve muita empresa que fechou, muita loja que fechou, para recuperar essa parte toda que fechou acho que vai demorar um pouco mais”, afirmou ele.

 

Fonte: ABOL

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