A elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), anunciada pelo Governo Federal, provocou forte reação de entidades do setor produtivo. Para o setor de transporte de cargas, a elevação da alíquota do IOF sobre os financiamentos às empresas, que passou de 1,88% para 3,95% do valor da operação, compromete a aquisição de caminhões, peças, pneus e outros investimentos essenciais. Isso afeta especialmente pequenas e médias transportadoras que não operam com linhas incentivadas.
E a Fetranslog Nordeste também juntou-se às entidades representativas e publicou nota de repúdio ao aumento do tributo.
Veja a nota na íntegra:
A Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste – FETRANSLOG NORDESTE vem a público manifestar veemente repúdio ao aumento do IOF promovido pelo Decreto nº 12.466, de 22 de maio de 2025.
A majoração das alíquotas incide diretamente sobre operações de financiamento e crédito essenciais à atividade transportadora, especialmente para as pequenas e médias empresas que não dispõem de linhas incentivadas. O novo patamar, que chega a 3,95% ao ano, compromete aquisições indispensáveis como caminhões, pneus, manutenção de frota e insumos logísticos.
Trata-se de uma medida que eleva os custos operacionais, restringe o acesso ao crédito, desestimula a renovação de frotas e prejudica a previsibilidade econômica. O setor, que já enfrenta prazos longos para recebimento de fretes, instabilidade fiscal e aumento de encargos, vê-se agora ainda mais asfixiado por uma tributação excessiva e inoportuna.
O transporte rodoviário de cargas é pilar da economia brasileira. Penalizar o setor com aumento tributário é penalizar toda a cadeia produtiva e o consumidor final. Em vez de fomentar a modernização e eficiência logística, o governo opta por agravar o cenário econômico, em clara desconexão com a realidade empresarial do país.
A FETRANSLOG NORDESTE se une às demais entidades representativas do transporte nacional e exige a revogação imediata do Decreto nº 12.466/2025. É imperativo preservar a sustentabilidade do setor e garantir condições adequadas para que as empresas possam continuar operando e contribuindo com o desenvolvimento do Brasil.