Com cada vez mais pessoas consumindo no comércio eletrônico, os preços dos produtos continuam sendo fator importante para o cliente. Mas as condições de entrega das mercadorias, como a gratuidade do frete, exercem forte influência na hora da compra
Se tem uma coisa que os consumidores brasileiros que compram muito pela internet prezam é por um bom preço aliado ao frete grátis. O primeiro critério, por exemplo, ocupa a preferência de 74% das pessoas, enquanto o segundo está na lista de 72%. As promoções (63%) e saber que a loja é confiável (60%) completam a lista.
Os dados são da pesquisa “Frete e entregas no e-commerce”, da plataforma Opinion Box. Mas e se tivessem que escolher apenas um fator, qual pesa mais na decisão de compra? Conforme o levantamento, 19% dos entrevistados responderam preço, 12% apontaram valor do frente e frete grátis, e 16% escolheram a confiabilidade da loja. O critério do frete gratuito é tão importante para os clientes do e-commerce que 55% colocam mais produtos no carrinho só para ter direito ao benefício.
E são exatamente esses dois critérios que estão no topo do poder de decisão de compra do educador físico Elton Bruno Costa, 27 anos.
“Sempre compro muito pela internet. Acho prático, fácil e seguro, mas observo, claro, os preços. Geralmente, só compro se os valores forem razoáveis, e quando tenho que pagar frente, geralmente avalio outra opção. O frete grátis é critério importantíssimo para mim e já cheguei a desistir das compras porque precisava pagar pelo transporte”, afirma.
Assim como Elton, que mora em Fortaleza, 71% dos consumidores chegam a desistir por causa do valor do frete. O preço alto (68%), a loja não parecer confiável (61%), avaliações e comentários de outros clientes (48%), e a reputação da marca (44%) também estão entre os principais critérios.
Modalidades
Além disso, quando perguntados sobre modalidades de entrega, os consumidores entrevistados disseram que o valor do frete é fundamental na hora de escolher a loja virtual (53%). Em seguida, aparecem tempo de entrega (22%), possibilidade de retirar na loja ou em um ponto de coleta (14%), a empresa responsável pelo envio (7%), e a possibilidade de agendar a entrega (4%).
Para que a compra não resulte em arrependimento, a saída é simular antes de comprar para 80% dos consumidores entrevistados. Outros 17% disseram que simulam apenas às vezes, enquanto 3% disse que nunca efetuam simulações.
Problemas
Sem dúvida, o e-commerce facilita a vida das pessoas, principalmente em razão da praticidade, mas os problemas, infelizmente, existem. Tanto que dois em cada três consumidores online já enfrentaram problemas com a entrega de produtos do e-commerce. Os principais problemas são: o produto chegou depois do prazo (51%); a mercadoria foi entregue com defeito ou sem funcionar (34%); não foi entregue e a empresa sinalizou que foi (33%); o entregador não conseguiu encontrar o consumidor em casa (29%); a encomenda foi entregue com a embalagem danificada (27%); a carga foi roubada ou desviada (18%); e o produto chegou sem embalagem (7%).
Para o economista e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Davi Azim, a tendência é que os consumidores brasileiros se familiarizem cada vez mais com o comércio eletrônico.
“O e-commerce oferta uma série de facilidades para os clientes, aumentando o volume de vendas e movimentando a economia do País. São compras facilitadas pelo smartphone, por meio de aplicativos, com preços competitivos. A tendência é que as empresas se profissionalizem ainda mais, melhorando o tempo de entrega e oferecendo mais vantagens para os clientes”, observa.
Fonte: O otimista