O presidente da CNT, Vander Costa, coordenou nessa segunda-feira (15), uma mesa redonda que debateu a questão da segurança pública durante o Fórum Jurídico de Lisboa, evento realizado pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), o Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (ICJP) e a FGV (Fundação Getulio Vargas).
Durante o debate, foram apresentados os impactos da criminalidade em diversos setores da economia e debatida a necessidade de ações conjuntas para que esse problema seja minimizado. Na abertura da mesa, o ministro do STF, Gilmar Mendes, destacou como o setor de transporte tem sofrido com o problema do roubo de cargas e isso é um dos fatores que contribuiu para o encarecimento do Custo Brasil.
De acordo com o presidente da CNT, Vander Costa, a segurança é tema fundamental para o exercício da atividade transportadora. “Apesar de os números terem caído no último ano, ainda temos um grande impacto do roubo de cargas. Infelizmente, esse tipo de crime hoje tem claro envolvimento com o tráfico de armas e vem causando problemas sérios em várias regiões do país. A principal delas é o Rio de Janeiro, onde empresas têm deixado de atuar devido à falta de segurança”, relatou ele.
No ano passado, foram registradas 14.159 ocorrências de roubos de cargas no Brasil, segundo dados da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), causando prejuízos para as empresas chegou a R$ 1,2 bilhão. Na última semana, o SEST SENAT realizou uma grande campanha nacional para conscientizar sobre a importância de se ter ações relacionadas ao tema.
Também participaram do debate Raul Jungmann, ex-ministro da Segurança Pública do Brasil (2016-2018); Francisco-Coutinho, professor de Direito na Universidade Nova de Lisboa e Doutor em Direito pela Universidade Nova de Lisboa; Danyelle Galvão, professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa e Doutora em Direito Processual pela Universidade de São Paulo; e Walfrido Warde, presidente do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, Advogado e Doutor em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo.
Fonte: Confederação Nacional do Transporte – CNT