As vendas de caminhões novos no Brasil somou 7.961 unidades em fevereiro. Embora a demanda esteja aquecida, o volume é 6,51% inferior a janeiro, quando foram emplacados 8.515 veículos. Por outro lado, o resultado foi 3,23% superior ao mesmo mês do ano passado, com 7.712 emplacamentos. Assim, houve crescimento no acumulado de 2022.
No primeiro bimestre, foram 16.476 modelos, sendo 1.505 a mais do que o mesmo mês do ano passado. Alta, portanto de 10,05%. Os dados são da Fenabrave, a federação dos concessionários no País.
Seja como for, o aumento da venda de caminhões ainda é reflexo dos pedidos feitos em 2021. Mas o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr, enxerga com preocupação o desempenho das vendas nos próximos meses. “Juros altos, aumento de custos de produção e do diesel são fatores que podem impactar o segmento”, aponta.
Volkswagen continua na liderança
Mais uma vez a Volkswagen aparece como a marca mais vendida de caminhões no ranking da Fenabrave. De acordo com os dados, a montadora vendeu 2.464 caminhões e uma participação de 30,95%. Na sequência vem a Mercedes-Benz com 2.195 caminhões e 27,57%. Em terceiro lugar, a Volvo com 1.491 vendas e 18,73%. Na quarta posição a Iveco com 802 unidades e participação de 10,07%. Por fim vem a Scania com 497 emplacamentos e 6,27% do mercado.
Ranking dos caminhões mais vendidos em fevereiro
- 1º) Volvo FH 540 – 515
- 2º) Volkswagen 11.180– 499
- 3º) DAF XF – 305
- 4º) Mercedes-Benz Accelo 1016– 295
- 5º) Volvo VM 270 – 252
- 6º) Volvo FH 460 – 237
- 7º) Volkswagen 24.280 – 202
- 8º) Scania R 450 – 200
- 9º) Mercedes-Benz Atego 1719 – 197
- 10º) Volkswagen 9.170 – 190
Vendas de ônibus não reagem
Se os caminhões estão em alta, o mesmo não ocorre com o segmento de ônibus, que registrou resultado negativo em fevereiro. De acordo com a Fenabrave, o Brasil vendeu 1.123 unidades no mês, redução de 17,91% sobre as 1.368 unidades emplacadas em janeiro. Da mesma forma, queda de 21,36% sobre fevereiro do ano passado (1.428).
Dessa forma, o primeiro bimestre de 2022 se mostrou fraco em vendas, com apenas 2.491 unidades, queda de 9,48% sobre os 2.752 emplacamentos feitos em igual período de 2021. Segundo o presidente da Fenabrave, o segmento depende de programas de transporte público. E as operadoras de ônibus ainda não voltaram a direcionar investimentos para a renovação de frota. “A expectativa é que os resultados melhorem no decorrer do ano, tanto por conta das aquisições governamentais, como por parte da iniciativa privada”, completa Andreta Jr.
Fonte: Estradão