A renovação da frota é uma das ações defendidas por líderes do setor de transportes para reduzir os acidentes e as emissões de poluentes no Brasil. Agora, o chamado Programa Renovar deve sair do papel. É que promete o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Segundo ele, o projeto irá (em breve) ao Congresso para análise. Freitas falou a empresários da área de transporte em encontro recente em São Paulo.
De acordo com o ministro, o Programa Renovar está maduro. Da mesma forma, há fontes de recursos para viabilizar o projeto. “Precisamos colocar o programa em prática. Até porque, assim vamos conseguir corrigir possíveis falhas. A renovação da frota é importante. Sobretudo para o desenvolvimento do transporte e para o meio ambiente”, resumiu.
Em síntese, o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária (Renovar) quer viabilizar a troca de caminhões velhos por novos. O objetivo é reduzir emissões de poluentes, bem como o consumo de diesel. Além disso, com caminhões mais modernos, os custos operacionais tendem a baixar para os caminhoneiros autônomos.
“Bônus caminhoneiro” na troca do caminhão velho
O programa de renovação da frota prevê dar um destino adequado aos veículos antigos. Empresas cadastradas vão cuidar do desmonte desses caminhões. Para isso, haverá o chamado “bônus caminhoneiro”. Em outras palavras, trata-se de um subsídio para facilitar a compra de modelos 0-km e mesmo de usados mais novos, com motores mais modernos.
Segundo Freitas, o Renovar não será compulsório. Ou seja, a adesão vai ocorrer de forma voluntária. Portanto, donos de caminhões antigos não serão obrigados a entregá-los. Uma das promessas do Renovar é o perdão de débitos desses veículos antigos. Portanto, o objetivo é justamente estimular a entrega desses modelos.
Renovar integra o Gigantes do Asfalto
O programa de renovação da frota faz parte do Gigantes do Asfalto. Ou seja, o projeto apresentado pelo governo federal em maio de 2021. Entre as propostas que já foram implementadas, está o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e). Nele, um único documento digital reúne todos os dados e informações que antes ficavam divididas em vários formulários.
Por exemplo, licenças, registros e condições contratuais. Bem como os de pagamento, incluindo o valor do frete e dos seguros contratados. Assim, além de facilitar a vida do caminhoneiro, o DT-e servirá de comprovante de renda do autônomo. Com isso, a meta é facilitar o acesso desse profissional às linhas de crédito bancário.
Fonte: Estradão