Um dos nichos de mercado que mais cresceu nos últimos foi certamente o comércio eletrônico. Apenas em 2021, de acordo com a Neotrust, o faturamento do e-commerce foi de 161 bilhões de reais, com mais 353 milhões de entregas, número 17% maior que o ano anterior.
Dentre as várias razões que levaram a esse cenário certamente está a mudança de mindset em relação a agilidade e prazos de entregas. Os fretes se tornaram muito mais eficientes e muitas empresas apostaram em oferecer frete grátis para entregas a partir de determinado valor ou mesmo para clientes fidelizados.
Porém as constantes altas nos preços dos combustíveis levam o preço dos fretes a sofrerem aumentos, o que impacta diretamente no e-commerce e em toda a cadeia que existe em torno desse nicho.
– “Quando uma empresa oferece algum desconto ou oferta especial de frete, esse preço tem que ser pago. E com o preço do diesel nas alturas, as transportadoras precisam repassar esse aumento à empresas e aí começa o efeito cascata – diz Vinicius Ribeiro, Head de Marketing da Magis5, empresa que desenvolve tecnologias para a integração de lojistas virtuais com grande Marketplaces como Mercado Livre, Amazon, Submarino e outras.
Entendendo o efeito cascata
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível), apenas nos primeiros meses de 2022, o Diesel sofreu um aumento de 22,6%, chegando à um preço médio de R$ 6,744 por litro, enquanto que em janeiro, a média nacional era de R$ 5,497.
Isso é resultado da disparada do preço do barril de petróleo no mercado mundial, muito por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, que abalou os mercados energéticos mundiais. Como a Petrobras importa petróleo, o reflexo da crise foi diretamente para os postos de gasolina.
Assim, o frete fica mais caro e no final das contas, os produtos também ficam com preços mais elevados, para cobrir esses aumentos. Outro ponto é que todo aumento de preços reflete na inflação, que diminui o poder de compra dos brasileiros.
Por esta razão, é de suma importância que os lojistas virtuais apostem em parcerias e estratégias com grandes redes e marketplaces para tentar driblar os efeitos das altas no frete.
Vinícius Ribeiro diz que uma das saídas é o investimento em experiências de compra híbridas com multicanalidade e operações omnichannel, que oferecem outras possibilidades aos clientes com diversas opções de compra e entrega, como por exemplo a retirada de um produto comprado online em uma loja física. De acordo com uma pesquisa feita pela Opinion Box, mais de 70% dos respondentes já começaram sua jornada de compra em um meio e a concluíram em outro canal.
Outro ponto é buscar a integração da loja virtual com o maior número de marketplaces possíveis. O uso de plataformas como a desenvolvida pela Magis5 certamente é um diferencial na hora de buscar melhores custos e até mesmo parcerias mais estratégicas pensando em termos de frete, pois tudo fica concentrado em uma única ferramenta que permite gestão de catálogo de produtos, publicação de anúncios de forma fácil e rápida, expedição automatizada e romaneio, com o controle efetivo de todos os pedidos que estão sendo despachados e evite que a transportadora diga o que não coletou tal pedido.
– A tecnologia é sim a melhor forma de buscar soluções em tempos de crise, e isso certamente pode garantir que os aumentos no frete tenham um impacto menor lá no lojista – diz Ribeiro.
Fonte: Chico da Boleia