Dos 3.782 km analisados no Ceará, apenas 17,5% das rodovias federais e estaduais do Ceará estão em situação boa ou ótima de conservação e infraestrutura. A informação faz parte do estudo feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgado nesta quarta-feira, 9.
A iniciativa revela ainda que de toda essa extensão estudada, apenas dois pequenos trechos – um na BR-222, no município de Caucaia e o outro na BR-402, nas proximidades do entroncamento da CE-168, em Itapipoca, está em ótimo estado, o que representa 1,2% do total.
A rodovia estadual CE-040, que no ano passado era a única a receber a classificação de ótima, desceu uma posição, sendo considerada boa desta vez.
As estradas péssimas são, segundo a pesquisa, as rodovias estaduais CE-278 – no município de Jaguaribe, saindo do Estado, CE-354 – entre Redenção e Barreira, e CE-183 – entre Sobral e Ipu. Os trechos, neste caso, representam 4,6% das rodovias do Estado.
A pesquisa destaca ainda que 42,6% do pavimento é regular, 17,9% é ótimo e, neste mesmo quesito, 28,8% são ruins e péssimos.
Já, no que tange sinalização, apenas 1% entre rodovias estaduais e federais é ótimo.
Pesquisa analisou todo o Brasil
No Brasil, com investimentos públicos no menor patamar em mais de dez anos, a qualidade das rodovias brasileiras piorou em 2022.
“A degradação das rodovias está ocorrendo num nível acelerado e esse quadro precisa ser revertido o quanto antes”, alertou o diretor-executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista.
A pesquisa CNT de Rodovias analisou 110,3 mil quilômetros, e aponta que apenas 34% das estradas analisadas estão em ótima ou boa condição e que este número vem caindo ano a ano, já que em 2022 era 38,2% e, em 2019, era 41%. Nesse retrato da malha viária, 25,3% das estradas foram classificadas como ruim ou péssimo, e a maior parte, 40,7%, está apenas regular.
Na prática, a diferença no nível de investimentos é sentida quando se compara rodovias privadas e as que estão mantidas sob administração dos governos estaduais e federal. No estado geral, 69% dos quilômetros pesquisados de estradas concedidas foram classificados como ótimo ou bom, contra 25,8% em condição regular, e apenas 5,2% em estado ruim ou péssimo.
Enquanto isso, nas estradas sob gestão federal ou estadual – a maioria – a classificação “ótima’ ou ‘bom” caiu de 28,2% para 24,7% em 2022, a segunda queda consecutiva.
Enquanto isso, 22,5% foram identificadas como ruim, 8% como péssimo, e 44,8% como regular.
Com informações da Agência Estado
Fonte: adaptável do Opovo